segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cuidando do Futuro

           Milhões de crianças estão tomando o lugar de seus responsáveis e indo trabalhar. Sujeitas a todo o tipo de violência, inclusive à própria morte. Mesmo com todos os perigos evidentes na sociedade atual, diariamente o número de "pequenos adultos" somente tende a aumentar.

            Segundo a constituição, é dever da população garantir o bem-estar e a segurança das crianças e dos adolescentes, então porque em vez de cumprir, a população "fecha os olhos" diante da realidade? Globalização, tecnologia, o mundo inteiro "correndo contra o tempo". As pessoas estão tão acostumadas a notícias violentas, trânsito e pedintes que não notam que há um pequeno ser vendendo balas, a sua janela. Situação tão comum, que simplesmente se ignora.


            Canais de TV mostram o que simples jovens são obrigados a passar para sustentar a família e o que esperam do futuro: poder mudar a sua vida para melhor. As emissoras, mesmo usando marketing, colaboram com a divulgação da problemática e, eventualmente, cobram das políticas públicas. Apenas isso. Logo se esquecem daquelas histórias que tanto nos chocam, porém pouco fazemos a respeito.


            Se as crianças e os jovens são chamadas de "futuro do país", por que então não cuidar delas? Não basta apenas investir na educação, cultura e empregos para gerar renda, se a base da civilização está entregue às traças. Responsabilidade, tanto do governo quanto de nós, cidadãos comuns. Prestar um pouco mais de atenção, de verdade, nesse assunto seria um grande passo em busca da solução desse problema.



TRABALHO INFANTIL É UMA COISA SÉRIA!
VAMOS DENUNCIAR!
PROCURE O CONSELHO TUTELAR DA SUA CIDADE!


Links das imagens: 
  1. http://www.infonet.com.br/sysinfonet/images/secretarias/cidade/grande-crianca_trabalhando.jpg
  2. http://imagem.band.com.br/f_109583.jpg
  3. http://www.direitoce.com.br/uploads/images/2011/crianca_no_lixao.jpg
  4. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjArAs1ZHOUqYT-0GgESaYmW1VS7U9gZZJl7ZJWod6LrcjqNffLXawjTGB21P2UmcP8SAxFMT3JMCaxradNNJnwXxTE-850y2ZzISq6zIiQTymQ5RSFyectYi_4XHGUR3h2n4tiKCS_805f/s400/crian%C3%A7a+trabalhando.jpg

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ler: Um lazer ou uma obrigação?

        Monteiro Lobato, Machado de Assis, Luiz Fernando Veríssimo, assim como tantos outros autores brasileiros incríveis, ainda desconhecidos por parte da população. Mas por que isso acontece? Seria falta de vontade da sociedade? 

Luis Fernando Veríssimo, cronista, autor de vários textos incríveis ! 
 
         Brasil: Um país de talentosos escritores e de poucos leitores. Na escola, aprende-se a ler e a escrever logo cedo, porém os fazem por obrigação. Crianças não criam o gosto por clássicos infantis. De acordo com elas, não é divertido. Ler também é brincar, no entanto com as palavras!

Que tal experimentar uma coisa diferente? Tipo brincar com a leitura?

      Algumas emissoras e estúdios cinematográficos procuram adaptar os livros aos recursos audio-visuais - como em programas, filmes e desenhos - pensando que estão ajudando. O que acontece é exatamente o contrário: No futuro são esses jovens que no vestibular dizem que preferem ver o filme ''O Primo Basílio'' a ler a obra.

"O Primo Basílio", de Eça de Queirós 
 
          É necessário incentivar desde cedo. Não só na escola, mas em casa principalmente. É lá que o indivíduo passa a maior parte do tempo, forma seus valores e caráter. Não é preciso ter uma biblioteca completa, um simples gibi solta a imaginação e cria o amor à leitura.

Os hábitos que você possui, são conquistados em casa .  
           
Por isso, desejo a todos vocês um:  


sábado, 13 de abril de 2013

Do inferno para o céu (Um final quase alternativo)

Ps: Baseado no texto da Jéssica Marcon Dalcol, encontrado no G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL857421-5604,00.html)

  ''Noite serena; O céu, tomado pelas luzes da cidade, as invejava. Queria exibir suas estrelas, mas os pontinhos luminosos lá embaixo não as deixavam aparecer. Um jovem solitário, à janela de um apartamento, observava a lua. Queria pegá-la. Debruçou-se sobre o parapeito e esticou os braços: não a alcançava, Insistiu até sentir a mão deslizar em falso e, assustado pelo perigo da queda, virou as costas para a janela. Deparou-se com um cômodo escuro; apenas um abajur aceso ao centro, proporcionando sombras psicodélicas ao redor. Demônios com as mais diversas faces escondiam-se, corriam, dançavam, enquanto os móveis tomavam formas estranhas. Sentiu o braço arder: era a seringa, há pouco usada a fim de encontrar mais uma vez aquele mundo, ainda espetada nele.

     Seus olhos vagavam perdidos em meio àquelas ilusões quando, subitamente, se deparou com o retrato de sua avó – na verdade mãe, pois fora ela quem o criara desde a morte dos pais. Suas feições sorridentes derreteram, convertendo-se numa expressão macabra, de luto. E por que sorriria? Ali era o inferno; a morte envolvia o jovem neto, tomava seu corpo aos poucos com o que nós, mortais, chamamos de vírus. De repente vozes. O jovem, dominado por horror, encolheu-se ao chão e por entre as mechas seu cabelo negro jogado ao rosto, viu as criaturas demoníacas a encará-lo, dizendo "niguém mandou usar drogas", "se tivesse ouvido sua avó", "Aids? É merecido, seu drogado! Tá aí seu prêmio por...". "Chega!", gritou o garoto.

    Sentia-se cansado. Cansado pela fadiga gerada pela doença, diagnosticada há alguns meses e, principalmente, cansado de sua solidão. Arrependera-se de usar drogas, mas o vício era mais forte que ele e mais forte ainda era o preconceito vivido após contrair Aids. Pagava seus pecados através da doença e suportando os olhares alheios a condená-lo, a contemplar sua desgraça como merecida. E não suportando toda a condenação, recorria à seringa novamente. "Cadê a seringa?" Encontrando-a, injetou novamente a droga. Em sua circulação, condenação e morte corriam juntas.

      Agora sim..."

      Ele poderia "relaxar". De olhos fechados ele pensava, sua vida passando como um filme. Desde a primeira vez que usou em questão, com 14 anos. "Estava na escola, o dia tinha sido terrível. Tirara 5 notas baixas, havia apanhado de alguns valentões e fez uma 'visita' à sala da diretoria. Sentia-se péssimo. Pensava em Dona Maria, sua avó. Um grupo de garotos o chamou e ofereceu-lhe 'o alívio'. A partir desse dia não parou mais. A cada uso, uma substância mais pesada. Da maconha ao crack. Ainda ia à escola, mas por sua cuidadora. À noite, saía para a 'farra' e dizia que ia dormir na casa de amigos.

        Aos 17, recebeu uma notícia que mudaria tudo: Dona Maria morrera, vítima de um AVC. Não estava lúcido, mas sofreu como nunca. Largou os estudos de vez, isolou-se e teve seu momento de luto. Mas não demorou para que voltasse ao vício e piorasse. Vendia tudo o que pudesse para comprar drogas, pois suas 'noitadas' eram frequentes. Arranjara inimigos e amigos nesses lugares. Um se chamava Joca e já era usuário há muito tempo. Tornaram-se grandes companheiros de consumo. Em pouco tempo, já dividiam a mesma seringa. Com 18, descobre que, tanto ele quanto o amigo, são soro-positivo's. Foi o fim do mundo. Agora está sozinho, pois Joca falecera 3 meses depois do diagnóstico"

         Ainda sentado, ele toma a decisão que muda a sua vida. Apesar da dúvida, vai até a janela, que antes era o seu pesadelo... Agora é a sua "salvação". Sobe no parapeito e vislumbra pela última vez a noite barulhenta. Olha para o céu e vê a sua avó sorrindo para ele, retribui o sorrisso de um modo singelamente fraco, fecha os olhos e vai rumo ao sono eterno.